data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
A Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), por meio de uma nota assinada pelo presidente Emanuel Hassen de Jesus, questiona a proposta encaminhada pelo governo do Estado para a privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). A matéria em que extingue o plebiscito foi aprovada, em primeiro turno, na Assembleia Legislativa ontem.
Segundo a entidade, a prioridade do governo estadual deveria ser disponibilizar vacinas contra a Covid-19 aos gaúchos e não tratar, por ora, da privatização da Corsan.
- A proposta de encaminhamento da privatização da Corsan não poderia acontecer em um pior momento - relata Jesus.
A entidade diz que não se trata de ser contra ou a favor da privatização, mas sim que a discussão precisaria ser feita em um momento mais adequado.
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- É preciso diálogo verdadeiro para que os municípios saibam como se dará o processo de privatização em todos os seus detalhes. O nosso pedido é justo. Por que a pressa? Por que deixar os municípios fora do processo? - questiona o presidente.
MARCO
Em campanha, o governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que não tinha a intenção de privatizar a Corsan caso fosse eleito. A promessa precisou ser descumprida, segundo o chefe do Executivo estadual, em função da aprovação do Marco Regulatório do Saneamento, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que estabelece que 99% da população brasileira tenha acesso a água potável e 90% a tratamento de agosto até 2033.
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A justificativa do Estado é que, sozinha, a Corsan não teria estrutura financeira para realizar as melhorias necessárias nas redes. Por isso, a projeção é realizar a abertura de capital na Bolsa de Valores por meio de um IPO (sigla em inglês que significa oferta pública inicial), com projeção de arrecadação de R$ 1 bilhão. O Piratini deixará de ser sócio controlador da companhia, mas a intenção é manter cerca de 30% das ações sob o controle do Estado..
Em transmissão ao vivo pelas redes sociais no início deste mês, o presidente da Corsan, Roberto Barbut, afirmou que a companhia, mesmo privatizada, irá cumprir com todos os contratos em vigência.